Juarez Pereira Furtado e Eunice Nakamura
(organizadores)
1a
edição, 2014,
Áreas de interesse: Saúde Coletiva, Antropologia,
Psicanálise e Arquitetura
Apesar dos números significativos no âmbito da desinstitucionalização psiquiátrica e dos ganhos positivos
para os usuários de moradias assistidas no Brasil, este livro demonstra que ainda há muito a ser feito no país. A
partir de uma avaliação participativa e interdisciplinar, os autores apresentam suas reflexões sobre as experiências
vivenciadas com membros dos projetos de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), Centros de Atenção
Psicossocial (Caps) e Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS). Essa rica investigação de campo, com a qual se
procura conhecer melhor as habitações de pessoas com transtornos mentais graves através do olhar de quem as
habita, é acompanhada por um vasto arcabouço teórico, proveniente de diversas fontes e disciplinas – arquitetura,
antropologia, psicanálise e saúde coletiva.
A obra expõe também a reflexão dos pesquisadores em termos de uma práxis de reflexividade durante as
interações com os participantes. O trabalho em grupo acompanhou rotinas diárias dentro e fora das habitações,
tentando descobrir a configuração da moradia em seus aspectos físicos, a experiência dos moradores a partir
do significado de habitar e da organização das pessoas no espaço de moradia, bem como a rede de relações dos
moradores na comunidade.
Além de revelar a complexidade do morar e do habitar desse grupo de pessoas estudado, outra grande
contribuição deste volume é a elaboração de proposições acerca do tema a partir dos resultados convergentes
das diversas áreas envolvidas na pesquisa. Tais propostas objetivam uma nova resposta social para o avanço não
só da garantia, mas da qualificação do provimento desse direito fundamental constituído pelo morar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário