segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Já no SciELO: A pesquisa-ação em estudos interdisciplinares: análise de critérios que só a prática pode revelar

TOLEDO, Renata Ferraz de; GIATTI, Leandro Luiz  e  JACOBI, Pedro Roberto. A pesquisa-ação em estudos interdisciplinares: análise de critérios que só a prática pode revelar. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.51, pp. 633-646.  Epub 26-Set-2014. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622014.0026.

Este artigo propõe uma reflexão sobre critérios para a metodologia da pesquisa-ação, visando contribuir para o atendimento de premissas necessárias à aplicação e melhoria da qualidade de investigações participativas, em contextos socioambientais e de saúde. Para a construção desta estrutura de abordagem, foram utilizados resultados da análise de dissertações e teses sobre pesquisa-ação de caráter interdisciplinar, na interface das áreas saúde, educação e ambiental. A análise de situações práticas permitiu identificar elementos favoráveis ao alcance dos objetivos de uma pesquisa-ação e compreensão de sua dinâmica organizacional. Foram estabelecidos os seguintes critérios: flexibilidade metodológica; combinação de múltiplos instrumentos de pesquisa e intervenção; e o nível de participação e cooperação dos/e entre sujeitos e pesquisadores. A pesquisa-ação revela-se como uma adequada proposta frente a desafios interdisciplinares quando executada contemplando os critérios aqui estudados.
Palavras-chave : Pesquisa-ação; Interdisciplinaridade; Participação; Saúde.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014000400633&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Programa Mais Médicos: Interface disponibiliza texto de abertura do debate que tratará deste Programa

OLIVEIRA, Felipe Proenço; VANNI, Tazio; PINTO, Hêider Aurélio; SANTOS, Jerzey Timoteo Ribeiro; FIGUEIREDO, Alexandre Medeiros; Sidclei Queiroga ARAÚJO, Mateus Falcão Martins Matos; CYRINO, Eliana Goldfarb. Mais Médicos: um programa brasileiro em uma perspectiva internacional. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0. ISSN 1807-5762.  

A escassez de profissionais de saúde em áreas remotas e vulneráveis é um importante obstáculo para a universalização do acesso a saúde em diversos países. Este artigo examina as políticas de provimento de profissionais de saúde na Austrália, nos Estados Unidos da América e no Brasil. Apesar do sucesso parcial de iniciativas anteriores, foi apenas com o Programa Mais Médicos que a provisão de médicos em áreas vulneráveis teve a magnitude e a resposta em tempo adequado para atender a demanda dos municípios brasileiros. Estão em curso no país mudanças quantitativas e qualitativas na formação médica que buscam garantir não apenas a universalidade, mas também a integralidade e sustentabilidade do Sistema Único de Saúde. O êxito destas iniciativas dependerão da continuidade da articulação interfederativa, de políticas regulatórias de estado, bem como, do constante monitoramento e aprimoramento do programa.

Palavras-chaves: Mais Médicos. Atenção Básica à Saúde. Brasil. Austrália. Estados Unidos da América.

Já no SciELO (Ahead of print): Acesso à informação em saúde e cuidado integral: percepção de usuários de um serviço público

LEITE, Renata Antunes Figueiredo et al. Acesso à informação em saúde e cuidado integral: percepção de usuários de um serviço público. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 30-Set-2014. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0653.

O objetivo deste trabalho foi identificar a percepção de usuários de um serviço de saúde sobre direito à informação e integralidade do cuidado. Trata-se de pesquisa qualitativa, exploratória, com orientação analítico-descritiva, cujo eixo teórico foi o direito à saúde relacionado ao acesso a informação e integralidade do cuidado. As seguintes categorias foram construídas: dificuldades para concretização do cuidado humanizado à saúde em uma unidade básica; despersonalização da relação profissional/usuário do serviço; lacunas na infraestrutura física e humana do serviço; e relacionamento interpessoal entre os diferentes atores do processo de cuidar. O acesso à informação se constitui como aspecto central para a promoção do cuidado integral à saúde. Para conseguir proporcioná-lo de forma adequada, torna-se importante sensibilizar a equipe com relação à importância do empoderamento do usuário, para torná-lo protagonista do cuidado e tê-lo como um aliado no processo do cuidar.

Palavras-chave : Direito à saúde; Acesso à informação; Assistência integral à saúde; Humanização da assistência; Saúde Pública.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014005030653&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Já no Scielo (Ahead of print):Interdependência entre os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS): significado de integralidade apresentado por trabalhadores da Atenção Primária

MACEDO, Lilian Magda de  e  MARTIN, Sueli Terezinha Ferrero. Interdependência entre os níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS): significado de integralidade apresentado por trabalhadores da Atenção Primária. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 30-Set-2014. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0597.

A Integralidade constitui um importante princípio do SUS, conquistado com as lutas do movimento sanitário brasileiro. Representa ampliação dos conceitos saúde e doença, abarcando os determinantes sociais das necessidades em saúde. Pesquisa com o objetivo de investigar os significados de Integralidade apresentados por trabalhadores da Atenção Primária foi desenvolvida em munícipio de médio porte paulista, envolvendo distintos modelos tecnológicos de organização do trabalho nas Unidades Básicas de Saúde. Dentre os resultados, a dimensão de Integralidade do Sistema apresentou-se com maior frequência, conforme análise a partir de grupos focais. Os trabalhadores apontaram dificuldades de integração e comunicação entre os níveis de atenção à saúde, determinadas por políticas sociais seletivas e serviços de média/alta tecnologia delegados ao mercado privado. Os aportes teórico-filosóficos do estudo pautaram-se na Psicologia Histórico-Cultural, a partir das categorias: trabalho/atividade; consciência; mediação e totalidade.

Palavras-chave : Integralidade; Atenção Primária em Saúde; Psicologia histórico-cultural; Políticas sociais; Trabalho.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014005030597&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Press release do último fascículo da Interface, n.50

Interface - Comunicação, Saúde e Educação
Press release, n.50


O fascículo 50 (v.18, jul/set 2014)  da revista Interface - Comunicação, Saúde e Educação aborda em seu Dossiê (Usos e abusos da pesquisa qualitativa em saúde) o crescente uso, importância e a contribuição da pesquisa qualitativa e de caráter interdisciplinar no campo da Saúde Coletiva, aprofundando os problemas e desafios dessa abordagem. Esta temática é aprofundada com os textos dos autores que participaram da mesa de mesmo tema no VI Congresso Nacional de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (Rio de Janeiro, 2013). Ao apontar alguns abusos comuns que ameaçam a credibilidade da pesquisa qualitativa, a edição pretende contribuir para que esta metodologia ganhe força na compreensão dos processos saúde-doença-cuidado, ampliando o conhecimento do campo mediante uma adequada articulação teoria e técnica.
O primeiro artigo do Dossiê aponta a necessidade de associar a pesquisa qualitativa a indagações científicas, ou o diálogo entre teoria e método para conferir sentido aos “dados”. O segundo ressalta que, junto com a metodologia qualitativa, os trabalhos de Saúde Coletiva devem incorporar o mesmo referencial teórico das Ciências Sociais para conceber os fenômenos sociais (e também naturais) avaliados. E o terceiro reflete sobre esses problemas que levaram à criação do Guia RATS (Qualitative Research Review Guidelines) que orienta os autores sobre a estrutura de pesquisas qualitativas.
Os outros artigos de Interface apresentam em comum a reflexão sobre a necessidade de um novo olhar e de um processo formador mais criativo para a indução de mudanças na saúde pública. Por exemplo, o estudo que aponta alguns problemas relacionados às evidências científicas sobre intervenções musicais na assistência a pacientes com câncer. Seus autores apontam limitações na descrição dos recursos e estruturas musicais que poderiam beneficiar os pacientes e na qualidade dos relatórios de intervenções musicais, que resultariam na banalização do potencial terapêutico da música e limitação de sua incorporação na prática clínica.
Outro estudo aponta as dificuldades de contato e comunicação entre os imigrantes bolivianos, muitos deles com dificuldade até de falar a língua portuguesa, e trabalhadores do Programa Saúde da Família no bairro do Bom Retiro, na capital paulista. Para vencer essa dificuldade, foram apontadas estratégias variadas, como a contratação de agente de saúde boliviano, produção de material educativo em língua espanhola e utilização de "rádios bolivianas", capazes de traduzir-se na melhoria do serviço em saúde.
Outro estudo foi realizado em uma comunidade tradicional de quilombolas em Tijuaçu, Senhor do Bonfim (BA), visando integrar a produção agrícola local, atualmente desestimulada pela ameaça ao domínio de seus territórios e ao precário acesso às políticas públicas, ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. O estudo realizado na comunidade avaliou as perspectivas de sucesso do programa, destinado a garantir a segurança alimentar e nutricional e gerar renda às famílias e desenvolvimento local.
Os referenciais teóricos e seu impacto no cotidiano de trabalho foram o tema de outro estudo realizado com nutricionistas participantes de grupos educativos voltados para a promoção da saúde em São Paulo e Bogotá, cidades que têm em comum um aumento das taxas de doenças crônicas não transmissíveis (o que exige ações de prevenção e tratamento). As entrevistas com os profissionais mostraram que o momento é de transição de uma abordagem tradicional, focada no conhecimento científico, para outra mais humanista, que leve em conta as singularidades de saúde e de vida das populações atendidas por esses grupos.
Mudanças nas concepções dos profissionais de saúde também são apontadas como necessárias em outros artigos selecionados para a publicação. Em pesquisa realizada com preceptores e alunos de odontologia, foi avaliado o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), instituído na Universidade de São Paulo, voltado para a integralidade do cuidado. O trabalho indica esse tipo de programa como um modelo de formação capaz de desenvolver nos alunos a valorização do setor público e a sensibilidade social, sem negligenciar a qualificação técnica.
A necessidade de integrar a prática odontológica ao estudo acadêmico também foi levantada em outro artigo com futuros cirurgiões-dentistas, matriculados na Universidade Estadual de Montes Claros (MG). A pesquisa buscava conhecer as expectativas e compreender as percepções dos acadêmicos em relação ao atendimento dos pacientes vivendo com HIV/Aids. Embora todos tivessem informações teóricas adequadas sobre o vírus, foi constatado que ainda estão em vigor muitas representações estereotipadas de medo dos pacientes, traduzidas na tendência em superestimar os riscos de transmissão.
A saúde mental foi tema de três artigos nessa edição de Interface, objetivando refletir sobre as mudanças no cuidado às pessoas com distúrbios psiquiátricos. Um deles sobre a formação profissional e a prática dos acompanhantes terapêuticos, profissionais que auxiliam no processo de autonomia dos portadores desses distúrbios na Grande Vitória (ES). A atividade, ainda pouco conhecida, é realizada principalmente por mulheres graduadas em psicologia e se apresenta de forma pouco estruturada no serviço público, tornando-se difícil oferecê-la aos usuários.
Em outro artigo, foi enfatizada a necessidade de supervisão clínico-institucional de um grupo de trabalhadores de uma rede de saúde mental em um município de pequeno porte do interior do Nordeste, como ferramenta de educação permanente e espaço para o diálogo e a cooperação entre diferentes profissionais, serviços e gestão-administração. Nas entrevistas, foram evidenciadas as expectativas do grupo em relação à supervisão, parte voltada a um modelo mais hierárquico de saberes e parte para um modelo de inspiração mais humanista e participativa.
A saúde mental também foi tema de uma pesquisa original realizada no âmbito do Laboratório de Psicopatologia e Subjetividade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pessoas que ouvem vozes ou que sofrem de alucinação auditiva verbal. O artigo analisa a troca de experiências entre os ouvidores de vozes a partir da criação da rede Intervoice, na Holanda, organização que oferece suporte administrativo e coordena iniciativas em diferentes países para entender a experiência desse tipo de vivência não necessariamente como um sintoma de doença mental. Os autores analisaram postagens de acesso público dos usuários do site Intervoice para entender a forma como os ouvidores de vozes se expressam e se relacionam no ambiente virtual, que pode ser uma ferramenta alternativa para o entendimento do distúrbio.

Antonio Pithon Cyrino, Editor-chefe  
Martha San Juan França, assessora de comunicação

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Já no SciELO (Ahead of print): Humanização em contexto pediátrico: o papel dos palhaços na melhoria do ambiente vivido pela criança hospitalizada

ESTEVES, Carla Hiolanda; ANTUNES, Conceição e CAIRES, Susana. Humanização em contexto pediátrico: o papel dos palhaços na melhoria do ambiente vivido pela criança hospitalizada. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0. Epub 30-Set-2014. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0536.

Valorizando a importância dos aspetos psicossociais da internação pediátrica, e procurando a criança “por detrás” do corpo doente, vários hospitais têm investido na humanização de espaços, rotinas e atmosfera, procurando promover ambientes acolhedores e atenuantes das experiências negativas vividas pela criança (e família) durante a internação. A par de uma tentativa de sistematização de alguns dos esforços realizados até a data em nível da definição do conceito de “humanização” – nomeadamente em contexto pediátrico –, reflete-se acerca das potencialidades de alguns programas existentes nesse contexto, nomeadamente aqueles que aliam a arte, a recreação, o lazer e o humor como meios privilegiados de comunicação e expressão. Entre estes, destaca-se a intervenção dos palhaços de hospital, como promotora da livre expressão da criança, da sua autonomia, criatividade, exploração e conhecimento do mundo e consequente desenvolvimento psicossocial.


Palavras-chave : Pediatria; Humanização; Palhaços de hospital.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Já no SciELO (Ahead of print): A promoção da saúde de crianças em espaço hospitalar: refletindo sobre a prática fisioterapêutica.

SA, Miriam Ribeiro Calheiros de  e  GOMES, Romeu. A promoção da saúde de crianças em espaço hospitalar: refletindo sobre a prática fisioterapêutica. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 30-Set-2014. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0192.

Analisa-se a inserção da promoção de saúde na prática do profissional fisioterapeuta em ações voltadas para a atenção à saúde integral da criança em um ambiente hospitalar. Estudo de foco qualitativo, baseado na perspectiva hermenêutica-dialética. Para coleta dos dados, utilizaram-se as técnicas de observação participante e entrevista semiestruturada, e análise a partir de princípios do método de interpretação de sentidos. O estudo foi realizado com fisioterapeutas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira. Três eixos temáticos sintetizam a discussão dos resultados: a criança como foco da fisioterapia; a promoção da saúde por parte da fisioterapia pediátrica em ambiente hospitalar; e desafios da fisioterapia para a promoção da saúde das crianças. Este estudo aponta para algumas peculiaridades da prática fisioterapêutica, destacando seus limites e possibilidades, voltada para a promoção da saúde.

Palavras-chave : Fisioterapia; Promoção da saúde; Ambiente hospitalar.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014005030192&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Já no SciELO (Ahead of print): Cuidados ginecológicos em mulheres lésbicas e bissexuais: notas sobre a situação na Argentina

BROWN, Josefina Leonor et al. Cuidados ginecológicos em mulheres lésbicas e bissexuais: notas sobre a situação na Argentina. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 26-Set-2014. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0049.

O artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa sobre questões emergentes em saúde sexual e reprodutiva, cujo objetivo foi descrever as experiências de mulheres não heterossexuais em relação aos serviços de saúde sexual e reprodutiva. O objetivo do trabalho foi identificar e analisar as percepções de obstáculos e facilitadores do acesso aos serviços de saúde. Foram realizadas 18 entrevistas semidirigidas com mulheres não heterossexuais e os resultados principais incluíram: o obstáculo específico ao acesso à saúde sexual e reprodutiva das mulheres não heterossexuais deriva de uma “lógica da invisibilidade” dessa população como paciente ginecológica, que resulta na antecipação da discriminação (discriminação sentida) num contexto homo / lesbofóbico, na ausência de produção teórica e intervenções práticas sobre saúde e sexo entre mulheres, e na invisibilidade das lésbicas e bissexuais como coletivo.

Palavras-chave : Sexualidade; Reprodução; Serviço de saúde reprodutiva; Bissexualidade; Homossexualidade feminina.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014005030049&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Já no SciELO: A relação médico-paciente e o mercado da saúde na Colômbia

JORGE MARQUEZ, V. A relação médico-paciente e o mercado da saúde na Colômbia. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.50, pp. 609-617.  Epub 01-Ago-2014. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622014.0066.

Este artigo trata da deterioração da relação médico-paciente pelo sistema de saúde colombiano, baseado nos princípios neoliberais do mercado da saúde. São tão numerosos os dados e as evidências da deterioração dos serviços de saúde na Colômbia durante as últimas duas décadas, que não é necessário utilizar uma metodologia quantitativa de gerenciamento de teste para denunciá-lo. Aqui se mostra a precarização da relação médico-paciente na Colômbia mediante testemunhas de especialistas e observações próprias como usuário do sistema.

Palavras-chave : Relação médico-paciente; História da saúde; Biopolítica; Reforma dos serviços de saúde; Saúde Coletiva.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014000300609&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Já no SciELO: Ser-estar no sertão: capítulos da vida como filosofia visceral

TADDEI, Renzo. Ser-estar no sertão: capítulos da vida como filosofia visceral. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.50, pp. 597-607. Epub 24-Jun-2014. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0777.

Uma pesquisa etnográfica no sertão cearense, o conceito de mimese corpórea em produção teatral e um filme documentário sobre rastejadores de cangaceiros na caatinga do Ceará, Brasil, são pontos de partida, neste texto, para uma discussão sobre a natureza do processo de “leitura de sinais” no mundo. As reflexões apresentadas sugerem que tais processos sejam entendidos menos como interpretação ou decodificação, e mais como um saber mover-se, no qual o compartilhamento existencial – em especial, a ingestão de substâncias – é elemento fundamental. Os materiais analisados apontam, ainda, para o fato de que a direcionalidade implicada em tal saber mover-se é recorrentemente entendida como dimensão visceral. As vísceras, desse modo, transformam-se em locus privilegiado da experiência e ação no mundo, sendo superfície de contato e equipamento transformador ao mesmo tempo. Tal perspectiva traz novas e instigantes oportunidades à teoria social.

Palavras-chave : Vísceras; Profetas da chuva; Semiótica; Sertão; Ecologia.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Já no SciELO: "Ele é igual aos outros pacientes": percepções dos acadêmicos de Odontologia na clínica de HIV/Aids

ROSSI-BARBOSA, Luiza Augusta Rosa; FERREIRA, Raquel Conceição;SAMPAIO, Cristina Andrade e GUIMARAES, Patrícia Neves. "Ele é igual aos outros pacientes": percepções dos acadêmicos de Odontologia na clínica de HIV/Aids. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.50, pp. 585-596. Epub 09-Maio-2014. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0160.

Este estudo buscou conhecer expectativas e percepções dos acadêmicos de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros, MG, Brasil, em relação ao atendimento aos pacientes com HIV/Aids. Utilizaram-se observação participante e entrevistas semiestruturadas com nove acadêmicos, sendo identificadas três categorias de análise: ”A expectativa do atendimento na clínica de HIV/Aids”, “O medo de infectar-se” e “Mudança de comportamento”. Percebeu-se que, anterior ao contato com os pacientes, as caracterizações construídas pelos acadêmicos eram estereótipos sociais, como: pessoas magras, homossexuais masculinos e aspecto deprimido. O medo foi observado pela tendência em superestimar os riscos de transmissão, mudando os comportamentos em relação à biossegurança. A etnografia proporcionou perceber a importância da prática clínica odontológica no cotidiano acadêmico, aliada à biossegurança no rompimento dos paradigmas e preconceitos com o paciente com HIV/Aids.

Palavras-chave : Percepção; HIV; Etnografia; Odontologia.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832014000300585&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt