sexta-feira, 11 de abril de 2014

“Narrative and Medicine: Caring for the future”, Congresso Internacional interdisciplinar

Call for papers
“Narrative and Medicine: Caring for the future”

Congresso Internacional interdisciplinar

Organização:
Projecto Narrative & Medicine:
(Con)texts and Practices Across Disciplines
Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa

Fundação Calouste Gulbenkian
(a Confirmar)
Lisboa, 5-6 de Março de 2015

O conceito de Narrative Medicine, forjado, entre outros, por Rita Charon no final dos anos 1990, defende que a prática médica centrada no doente deve incluir a competência de interpretar “stories of illness” a fim de melhor atender à experiência pessoal da doença (Charon 2006). Sustentada nos trabalhos de Paul Ricoeur, que evidenciou as raízes narrativas da construção da identidade, a Narrative-Based Medicine reconhece a natureza intersubjectiva da relação terapêutica e reclama a relevância do conhecimento narrativo para o diagnóstico, o processo terapêutico, a educação de doentes e profissionais de saúde e a investigação (Greenhalgh e Hurwitz, 1998).
Favorecida pelo movimento da medicina integrada da década de 1990, a NBM/Narrative-Based Medicine tem-se afirmado complementarmente ao paradigma dominante  de exercício da medicina, de base racionalista e fatual, veiculado pela EBM/Evidence-Based-Medicine, num contexto em que a evolução tecnocientífica reclama uma reorientação humanística, no sentido de uma “ética da  relação” e da empatia (Hervé et al., 2001), da generosidade e da singularidade. Hoje reconhece-se o lugar da NBM, quer pela vasta produção crítica (Zaner, Charon, Frank, Hurwitz, Danou), quer pela sua disseminação simultânea em programas de formação médica na América do Norte e em vários países europeus: Reino Unido, Suíça, França e, mais recentemente, em Portugal.
Dando sequência à investigação multidisciplinar desenvolvida de forma pioneira pelo projecto Narrative & Medicine:(con)texts and practices across disciplines, anuncia-se uma Call for papers para um congresso internacional, com o objectivo de proporcionar um espaço de confluência a profissionais de saúde e investigadores nacionais e estrangeiros das áreas da saúde e das humanidades interessados em reflectir sobre o futuro das questões que se nos colocam.

Privilegiam-se os seguintes eixos de reflexão:

- metodologias das Humanidades para as Ciências Médicas
- impactos sociais e domínios de impacto das Humanidades Médicas
- Medicina Narrativa e formação médica
- cuidados, cuidadores e determinantes sociais da saúde
- vulnerabilidade e relação clínica
- a doença, os cuidados médicos e as suas manifestações literárias e artísticas
- narrativa e ética
- medicina narrativa, neurociência e antropologia cultural
- narrativas e experiências de doença
- narrativas e experiência médica
- narrativa e trauma
- os limites da representação da doença
- a arte e as terapias curativas
- “affect theory” e Medicina Narrativa
- usos da literatura em Medicina Narrativa e suas repercussões nos Estudos Literários

O programa inclui sessões plenárias, com participantes convidados, e sessões paralelas de comunicação, por submissão de resumos.

Conferencistas convidados (confirmados)

Brian Hurwitz
Christian Hervé
João Lobo Antunes
Rita Charon

As propostas, sujeitas a avaliação pela Comissão Científica, devem incluir os seguintes elementos:

- título
- resumo (entre 200 e 300 palavras)
- 4 palavras-chave
- nome do/s autor/es ; filiação institucional; endereço electrónico
- nota bio-bibliográfica (até 150 palavras)

Línguas de comunicação : português, inglês e francês

Calendário

Divulgação da CFP : 8 de Abril de 2014
Data-limite de envio dos resumos: 30 de Junho de 2014
Notificação de aceitação: 30 de Setembro de 2014
Programa provisório: 15 de Novembro de 2014
Programa definitivo: 6 de Fevereiro de 2015

Os resumos devem ser enviados para o seguinte endereço electrónico: narrativmedicin@gmail.com

Inscrições:

Até 31 de Outubro: 100 euros
De 31 de Outubro a 31 de Janeiro: 150 euros
Estudantes (licenciatura, mestrado, doutoramento): 30 euros

Organização:
CEAUL – Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa

Comissão Organizadora        
Isabel Fernandes
Adelino Cardoso
Alda Correia
Amândio Reis
Cecilia Beecher Martins
Diana Almeida
Manuel Silvério Marques
Marijke Boucherie
Maria de Jesus Cabral
Nuno Proença
Teresa Casal

Comissão científica

Isabel Fernandes (coord.)

Adelino Cardoso
Alda Correia
Antonio Python Cyrino
António Barbosa
António Martins da Silva
Brian Hurwitz
Cecilia Beecher Martins
Christian Hervé
Clara Rocha
Dante Galliano
Diego Gracia
Diana Almeida
Gérard Danou
José Ricardo Ayres
João Flor
João Lobo Antunes
José Lazaro
Manuel Silvério Marques
Maria Amélia Ferreira
Maria Antónia Rebelo Botelho
Maria de Jesus Cabral
Marie-France Mamzer
Marijke Boucherie
Nuno Proença
Paolo Tortonese
Paula Chaves
Rita Charon
Teresa Casal

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Já no SciELO: Debates - Como o Brasil tem enfrentado o tema provimento de médicos?

CARVALHO, Mônica Sampaio de  e  SOUSA, Maria Fátima de. Como o Brasil tem enfrentado o tema provimento de médicos?. Interface (Botucatu) [online]. 2013, vol.17, n.47, pp. 913-926. ISSN 1807-5762.  http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0403.

Analisa-se como o Brasil tem enfrentado a carência de médicos nas tentativa de superar a situação de forma articulada com as políticas de saúde e estratégias de formação e fixação desses profissionais, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Tomou-se como estudo de caso o Programa de Valorização da Atenção Básica (PROVAB) criado pelo governo federal em 2011, que busca prover profissionais de saúde para as localidades necessitadas, destacando-se as seguintes ofertas do programa: pontuação de 10% nas provas de residência após avaliação do profissional e atividades estruturadas de educação a distância e supervisão. O PROVAB foi analisado dentro do contexto atual da política de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, na tentativa de compreender sua implementação mediante discursos, movimentos, acontecimentos e dados qualitativos e quantitativos, disponibilizados pelo Ministério da Saúde.Dessa forma, apontam-se caminhos para o desenvolvimento da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no Brasil.
Palavras-chave : PROVAB; Atenção Básica à Saúde; Educação médica; Prática profissional; Educação permanente.
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414 32832013000400012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

DEBATEDORES: 
Antônio Alcindo Ferla e Lisiane Bôer Possa - Gestão da educação e do trabalho na saúde: enfrentando crises ou enfrentando o problema?
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000400013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Laura Camargo Macruz Feuerwerker - Médicos para o SUS: gestão do trabalho e da educação na saúde no olho do furacão!
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

Marco Aurelio da Ros - Alguns comentários sobre o tema
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

RÉPLICA:
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832013000400016&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Já no SciELO: O uso do diário como dispositivo cartográfico na formação em Odontologia.

FLORES, Eliane Teixeira Leite e SOUZA, Diogo Onofre Gomes de. O uso do diário como dispositivo cartográfico na formação em Odontologia.Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 197-210. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622012.3879.

A desnaturalização de práticas de ensino tradicionais e a subjetivação do cuidado na formação conectam a Odontologia às ciências humanas e sociais ao transversalizar o conhecimento pela problematização das políticas públicas. O potencial intervencionista do diário o torna importante ferramenta de pesquisa pelas narrativas de experiências. A escrita intensifica a cognição-inventiva ao dar visibilidade e enunciação a alguns pontos estratégicos de aprendizagem que produzem afetações nos encontros do cotidiano acadêmico. As releituras dos diários potencializam o ensino/aprendizagem pela análise de implicação dos estudantes e professores com a clínica, a sociedade e a produção de subjetividade da saúde como um bem comum. As narrativas enunciam o interesse dos estudantes de participar do trabalho nos serviços públicos de saúde, que utilizam comumente como usuários. A cartografia produz conhecimento ao conectar o ensino de graduação com a pós-graduação.

Palavras-chave : Diários; Cartografia; Ensino; Odontologia.

Já no SciELO: Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional.

SCHNEIDER, Olívia Maria Oliveira e NEVES, Alden dos Santos. Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 187-196. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622012.3846.

O presente artigo narra a trajetória da Liga Acadêmica de Segurança Alimentar e Nutricional (LASAN). Iniciativa pioneira de vivências práticas e discussões aprofundadas no tema segurança alimentar e nutricional. Surgiu como resposta aos desafios propostos em sala de aula sobre os modos de fazer a nutrição incluindo a responsabilidade da promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada. Esta narrativa aborda a rede de temas sobre formação em nutrição e segurança alimentar e nutricional. Referencia-se nos conhecimentos de autores que debatem a formação e a educação crítica como prática social. A trajetória da LASAN aponta para caminhos renovados onde se podem transformar em ação os saberes relevantes em SAN, assim como experimentar renovadas formas de aprenderensinar Nutrição.

Palavras-chave : Educação superior; Nutrição; Segurança alimentar e nutricional; Liga acadêmica.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Já no SciELO: Formação em saúde, extensão universitária e Sistema Único de Saúde (SUS): conexões necessárias entre conhecimento e intervenção centradas na realidade e repercussões no processo formativo

BISCARDE, Daniela Gomes dos Santos; PEREIRA-SANTOS, Marcos e SILVA, Lília Bittencourt. Formação em saúde, extensão universitária e Sistema Único de Saúde (SUS): conexões necessárias entre conhecimento e intervenção centradas na realidade e repercussões no processo formativo. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 177-186. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0586.

A formação em saúde, mediada pela extensão universitária, revela-se fundamental para propiciar experiências ampliadas de atuação em cenários do trabalho em saúde. Descreve-se a experiência de um projeto de vivência extensionista no SUS, de forma articulada entre universidade e gestores municipais, refletindo sobre as repercussões desencadeadas no percurso e no processo formativo dos estudantes. A atuação dos graduandos baseou-se no conhecimento da realidade local, na reflexão e priorização compartilhada de problemas/demandas, seguida de intervenções de cunho educativo e participativo, cujo planejamento e implementação enfatizaram formas coletivas e colaborativas de aprendizagem, investigação e intervenção. Os estudantes relataram repercussões no âmbito pessoal e profissional potencializadoras de uma atitude cidadã e transformadora diante de questões sociais e da organização dos serviços de saúde.

Palavras-chave : Formação em saúde; Extensão Universitária; Educação em Saúde; Sistema Único de Saúde.

Já no SciELO: A dissecação como ferramenta pedagógica no ensino da Anatomia em Portugal.

PONTINHA, Carlos Marques e SOEIRO, Cristina. A dissecação como ferramenta pedagógica no ensino da Anatomia em Portugal. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 165-176. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622014.0558.

Ao longo da História, a importância da utilização de cadáveres humanos para o ensino e investigação não tem sido consensual. No passado, a obtenção dos cadáveres indispensáveis ao ensino passou pelo recurso a cadáveres de reclusos, de não reclamados e ao roubo e/ou compra. Para além da inadmissibilidade ética e jurídica destas soluções, estas revelaram-se insuficientes para as necessidades das escolas médicas. Nas últimas décadas, a consciência global da legitimidade da doação de cadáveres foi-se intensificando, considerando-se, hoje, a forma digna de colmatar essa falta. Neste artigo realizou-se uma revisão da literatura com o objetivo de se fazer uma resenha histórica, jurídica e pedagógica sobre a importância da utilização de cadáveres humanos no ensino da Anatomia Humana nos cursos de Medicina, incluindo em Portugal, nomeadamente pelo recurso à dissecação cadavérica em complementaridade com outras ferramentas pedagógicas.

Palavras-chave : Anatomia; Cadáver; Dissecação; Doação; Educação médica.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Já no SciELO: O estágio curricular como práxis pedagógica: representações sociais acerca da criança com deficiência físico-motora entre estudantes de Fisioterapia .

ARAUJO, Leandro Dias de; SANTOS, Ana Lucia de Souza Freire; ROSA, Adriano e GOMES, Marta Corrêa. O estágio curricular como práxis pedagógica: representações sociais acerca da criança com deficiência físico-motora entre estudantes de Fisioterapia . Interface (Botucatu)[online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 151-164. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622014.0114.

O artigo analisa a transformação das representações sociais dos alunos de fisioterapia acerca da criança com deficiência físico-motora, influenciada pelo estágio em fisioterapia pediátrica. Consideramos, para a problematização, o modo estigmatizado como as pessoas com deficiência são representadas, e a influência do estágio curricular supervisionado na formação acadêmica em saúde. A pesquisa, de caráter qualitativo, contou com 24 alunos ingressantes e egressos do estágio em fisioterapia pediátrica, submetidos a entrevistas semiestruturadas e grupo focal. O estudo permitiu inferir que as representações são possibilitadas, fundamentalmente, pela experiência do estágio, embora as disciplinas teórico-conceituais forneçam subsídios técnicos para a intervenção. Dessa forma, o currículo deve enfatizar o estágio como conhecimento e práxis, uma vez que os ganhos extrapolam a mudança na forma de ver a deficiência, trazendo benefícios e recursos profissionais incomparáveis, além de valores pessoais essenciais para a formação humana.

Palavras-chave : Educação; Formação em saúde; Fisioterapia; Reabilitação; Criança.

Já no SciELO: Humanidades e humanização em saúde: a literatura como elemento humanizador para graduandos da área da saúde.

LIMA, Carina Camilo; GUZMAN, Soemis Martinez; BENEDETTO, Maria Auxiliadora Craice De e GALLIAN, Dante Marcello Claramonte. Humanidades e humanização em saúde: a literatura como elemento humanizador para graduandos da área da saúde. Interface (Botucatu)[online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 139-150. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0708.

Este artigo apresenta os resultados de um projeto de pesquisa cujo principal objetivo foi verificar os benefícios da inclusão do Laboratório de Humanidades (LabHum) do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde (CeHFi) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) como disciplina eletiva para a promoção da humanização no contexto de graduandos da área da saúde (Medicina e Enfermagem). A disciplina foi enfocada na reflexão a partir da leitura de clássicos da literatura. Foram adotados métodos qualitativos fundamentados na Fenomenologia Hermenêutica. Os resultados apontaram para a ideia de que a literatura propicia a deflagração de “acontecimentos interpelativos”, ou seja, momentos de autorreflexão capazes de tocar o educando a ponto de que mudanças de visão e atitudes se incorporem naturalmente ao seu dia a dia, promovendo a humanização.

Palavras-chave : Literatura; Humanização; Educação em saúde.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Já no SciELO: Contribuições da medicina antroposófica à integralidade na educação médica: uma aproximação hermenêutica.

WENCESLAU, Leandro David; ROHR, Ferdinand e TESSER, Charles Dalcanale. Contribuições da medicina antroposófica à integralidade na educação médica: uma aproximação hermenêutica. Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 127-138. Epub 2014. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622014.0745.

O objetivo deste trabalho é apontar possíveis contribuições da obra do fundador da medicina antroposófica, Rudolf Steiner, à integralidade na educação médica. Trata-se de um estudo hermenêutico, como apontado por Gadamer, dos cursos e das palestras dados por Steiner sobre medicina. São apresentadas quatro proposições, síntese do seu pensamento: (1) uma crítica ao modelo de ciência materialista que pode ser ampliada a partir de uma fenomenologia goetheana; (2) a trimembração e quadrimembração antroposóficas como chaves interpretativas do processo saúde-adoecimento; (3) a integração entre ser humano e natureza como fundamento de pesquisa de novos tratamentos; e (4) o vínculo entre desenvolvimento moral e formação técnica-científica na educação médica. Os limites e as potencialidades destas proposições são analisados na perspectiva da viabilidade de uma pluralidade epistemológica nos conhecimentos e práticas em medicina.

Palavras-chave : Educação médica; Integralidade; Hermenêutica; Steiner; Antroposofia.

Já no SciELO: Crise na educação médica? Um ensaio sobre o referencial arendtiano.

SILVEIRA, Rodrigo Pinheiro; STELET, Bruno Pereira e PINHEIRO, Roseni.Crise na educação médica? Um ensaio sobre o referencial arendtiano.Interface (Botucatu) [online]. 2014, vol.18, n.48, pp. 115-126. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0010.

Trata-se de um ensaio que contribui para o contexto de transformações na educação médica no Brasil à luz do pensamento da filósofa política Hannah Arendt. A autora faz uma leitura crítica da modernidade, apontando seu contexto de crise e quanto esta se reflete em áreas como as da educação e da política. Partindo das reflexões sobre a crise na educação, a ruptura com a tradição e a perda da autoridade, trazemos seu pensamento para uma análise sobre a prática médica e sua formação, pautadas, sobretudo, pelo modelo biomédico e outras manifestações do mundo moderno. Por fim, ressaltamos a necessidade de se trabalhar, na educação médica, com categorias como responsabilidade, julgamento e pensamento reflexivo, que foram objetos de análise da autora, já na fase final de sua vida.

Palavras-chave : Educação médica; Política; História moderna 1601.