sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Já no SciELO (Ahead of print): O trabalho de campo como dispositivo de ensino, pesquisa e extensão na graduação de medicina e odontologia

RIBEIRO, Carlos Dimas Martins et al. O trabalho de campo como dispositivo de ensino, pesquisa e extensão na graduação de medicina e odontologia. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 26-Nov-2013. ISSN 1414-3283.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000026.

Descreve-se a proposta pedagógica de disciplinas nos cursos de Medicina e Odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, Brasil, tendo o trabalho de campo: como dispositivo de articulação entre ensino, pesquisa e extensão; e, como pressuposto geral, o processo de ensino-aprendizagem baseado em: metodologias ativas, a relação dinâmica entre teoria e prática, e a proposição, ao estudante, de interação com o mundo do trabalho e reflexão sobre a realidade vivenciada. Espera-se contribuir para o debate na área de formação em saúde, em especial no campo da Saúde Coletiva, com base na reformulação determinada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas em 2001/2002. E, também, para a superação das formas tradicionais de atuar por outras que possibilitem conhecimento entre os pares e capacitação para o enfrentamento de alterações previsíveis ou imprevisíveis no cotidiano das escolas de formação em saúde.

Palavras-chave : Formação de recursos humanos; Sistema Único de Saúde; Currículo; Assistência integral à saúde.

Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832013005000026&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Já no SciELO (Ahead of print): A inserção do profissional de educação física na atenção primária à saúde

FALCI, Denise Mourão  e  BELISARIO, Soraya Almeida. A inserção do profissional de educação física na atenção primária à saúde e os desafios em sua formação. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 26-Nov-2013. ISSN 1414-3283.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000027.


A inserção do profissional de Educação Física no Núcleo de Apoio à Saúde da Família evidenciou a fragilidade de sua formação para a atenção primária. Objetivou-se analisar sua formação para a inserção neste campo, em Minas Gerais. Trata-se de pesquisa qualitativa e exploratória, do tipo estudo de caso. Os dados foram obtidos utilizando-se grupos focais. Os resultados apontaram essa inserção como positiva para a profissão e para os serviços de saúde, porém indicaram algumas dificuldades, dentre elas, a graduação foi mencionada como insuficiente para atuar na atenção primária. A pós-graduação foi identificada como uma das estratégias para minimizar essa insuficiência.


Palavras-chave : Educação física e treinamento; Atenção primária à saúde; Núcleo de Apoio à Saúde da Família; Formação de recursos humanos; Saúde da Família.


Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832013005000027&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Já no SciELO (Ahead of print): Os domínios da Tecnologia Educacional no campo da Saúde

NESPOLI, Grasiele. Os domínios da Tecnologia Educacional no campo da Saúde. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0.  Epub 26-Nov-2013. ISSN 1414-3283.  http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000028.

Este artigo apresenta os resultados de um estudo que investigou a formação discursiva da Tecnologia Educacional e sua relação com o contexto histórico, político e social da reforma sanitária brasileira, por meio de uma análise do acervo do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com base em noções teóricas da arqueologia de Michel Foucault, foram selecionados e analisados documentos que permitem identificar enunciados e avaliar as continuidades e descontinuidades discursivas que marcam a formação de domínios de saber acerca da Tecnologia Educacional. Conclui-se que foram constituídos três domínios de saber - instrução programada, integração ensino-serviço e educação em saúde - que colocam em disputa diferentes enunciados e possibilitam a passagem de uma visão tecnicista para uma visão crítica comprometida com a construção do Sistema Único de Saúde.

Palavras-chave : Tecnologia educacional; Discurso; História; Saúde.
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832013005000028&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Scielo Brasil inaugura “Blog das Humanas” para ampliar a difusão da produção brasileira do campo das Humanidades.

O Scielo Brasil, que acaba de comemorar 15 anos, continua inovando na comunicação científica e acaba de lançar o “Blog das Humanas” <http://humanas.blog.scielo.org/>. Trata-se de parceria entre o Scielo Brasil e os periódicos da área de Ciências Humanas que integram a coleção Scielo para ampliar a difusão do conhecimento produzido em nosso país neste campo das Humanidades. Estarão aí presentes revistas das ciências humanas, ciências sociais aplicadas, linguística, letras e artes da Coleção SciELO Brasil.
Interface: Comunicação, Saúde, Educação já tem sua primeira contribuição publicada no “Blog das Humanas”, material produzido pelo físico-jornalista Felipe Modenese: Estudo propõe estratégias contra o tabagismo e para a saúde pública, novo colaborador da revista.
Visite e acompanhe o “Blog das Humanas”!

Antonio Pithon Cyrino
Editor, Interface: Comunicação, Saúde, Educação 


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Press release: pesquisas na fronteira da comunicação, saúde e educação

O fascículo 46 da revista Interface - Comunicação, Saúde e Educação (referente ao trimestre jul./set. 2013 e com sumário disponível aqui) reafirma o compromisso e a identidade do periódico ao apresentar trabalhos de exploração crítica das fronteiras interdisciplinares do conhecimento sobre a saúde. Através de temas como novas estratégias para a formação e a prática em saúde, a violência, a participação popular nos rumos da saúde e a moradia para portadores de transtornos mental grave, esta edição contribui aos que buscam pautas para transcender visões unilaterais rumo a novos horizontes para a saúde humana.
Dentre os artigos selecionados pelo fascículo, alguns se destacam por sua atualidade, curiosidade e, portanto, seu interesse para a imprensa.
Em tempos de discussões acaloradas sobre a formação do corpo médico nacional, três trabalhos abordam a questão. O primeiro deles (disponível aqui), uma contribuição colombiana, identifica como a visita domiciliar familiar favorece a formação integral, pois o aluno torna-se mais consciente, mais motivado, e se ativa sua predisposição para aprender significativamente, além de impactar o perfil humanista-social dos estudantes como futuros profissionais da saúde.
Outro trabalho salienta a comunicação humanizadora para a formação do profissional em saúde a partir de uma educação emocional, ética e estética, que demonstre e sensibilize que aprender a auscultar as pessoas é tão importante quanto aprender a auscultar um coração, que o ensino de técnicas de comunicação é tão importante quanto o ensino de técnicas cirúrgicas (veja o texto aqui). Ainda um terceiro texto (aqui) chama a atenção para o estudo das narrativas que permeiam a prática médica e o poder inerente a elas, pois “não ouvir o doente na especificidade de suas narrativas pode, sim, levar à morte”.
Para aqueles interessados em esclarecimento sobre a violência, um dossiê (acessível pelo sumário) sobre o tema elenca três artigos de perspectivas diferentes e complementares. O primeiro levanta questionamentos sobre o uso do próprio termo “vítima” e seu peso sobre a construção da identidade das pessoas envolvidas. Já o segundo artigo denuncia os femicídios, que são mortes violentas de mulheres decorrentes do exercício de poder entre homens e mulheres, como crimes políticos e evitáveis. E o terceiro apresenta uma possibilidade ambiciosa e necessária de compreender os homicídios considerando sua complexidade, uma abordagem que se utiliza do modelo ecológico, que inclui a dimensão individual, os aspectos relacionais e familiares e o âmbito comunitário e social.
Além disso, três artigos salientam a relevância da participação popular nos rumos da saúde. Um é sobre a capacitação de moradoras de uma comunidade do Rio de Janeiro para um processo educativo transformador sobre o tabagismo feminino, salientando a integração eficaz entre saber acadêmico e saber popular para as estratégias de promoção da saúde (leia o artigo aqui). Tal integração também é abordada no artigo sobre as contribuições das plantas medicinais para a promoção da saúde na atenção primária. A revisão (disponível aqui) sobre programas e ações de fitoterapia no SUS ressalta que este é um campo que pode aproximar a comunidade, suas tradições e saberes, das instituições acadêmicas, compensando a forte tendência de regulação atual dessas práticas no SUS. 
Um terceiro artigo aborda a participação social no SUS de formas de não instituídas. Batizada de participação rizomática pelos autores, tal movimento é uma das “formas que o incomodo ganha no corpo dos usuários”, ou seja, a expressão dos desejos dos usuários em relação aos serviços, e, apesar de ser visto como algo negativo, sua análise pode ajudar a construir um serviço de saúde mais próximo das necessidades e desejos da população (link do artigo aqui). 
Outro artigo que pode despertar o interesse da imprensa é uma revisão sobre as ações de moradias destinadas a pessoas com transtorno mental grave no Brasil (disponível aqui). Como os autores apresentam, aproximadamente cento e vinte mil indivíduos estão nessa condição, e eles identificam pouca discussão sobre os limites do programa de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e a quase inexistência de discussões sobre alternativas para as necessidades de moradia de pacientes graves ligados aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). O trabalho indica a necessidade de novos caminhos possíveis de ampliação quantitativa e qualitativa para o problema.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação é uma publicação interdisciplinar, trimestral, editada pela UNESP (Laboratório de Educação e Comunicação em Saúde, Departamento de Saúde Pública, Faculdade de Medicina de Botucatu e Departamento de Educação, Instituto de Biociências de Botucatu), dirigida para a Educação e a Comunicação  nas práticas  de saúde, a formação de profissionais de saúde (universitária e continuada) e a Saúde Coletiva  em sua articulação  com a Filosofia, as Ciências  Sociais e Humanas. Dá-se ênfase à pesquisa qualitativa.

Pesquisa brasileira inédita propõe estratégias contra o tabagismo e para a saúde pública

Uma pesquisa brasileira inédita no mundo está propondo novas estratégias contra o tabagismo e indicando sugestões inovadoras para a saúde pública. Através da ação de seis mulheres da comunidade, capacitadas para atuar contra o tabagismo, foram sensibilizados mais de 2300 moradores para os danos do cigarro. A atuação “capilar” no contexto social de forma orientada combinou saberes popular e cientifico para enfrentar o crescente tabagismo feminino.     
Uma pesquisa-ação sobre o consumo de cigarros entre mulheres de comunidades populares no Rio de Janeiro, promovida pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ e apoio do Instituto Nacional do Câncer (MS) e da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, capacitou moradoras, ex-fumantes, para desenvolveram um processo educativo participativo e reflexivo voltado para a prevenção e cessação do tabagismo direcionado para as mulheres, que considerassem os processos sociais e de gênero que levam cada vez mais mulheres a fumarem.
Durante o processo educativo, homens, jovens e crianças da comunidade também foram, direta ou indiretamente, envolvidos. A pesquisa-ação foi desenvolvida entre 2010 e 2011 em uma das comunidades do Complexo da Maré. Além do processo educativo, também foram realizadas várias pesquisas qualitativas que utilizaram entrevistas e grupos focais. Os resultados deste processo e das pesquisas revelaram como se constrói um conhecimento compartilhado sobre a saúde que resulta da integração entre os saberes científico e popular, confirmando o potencial e a validade desta proposta de enfrentamento do tabagismo feminino nos contextos populares.
Estudos epidemiológicos que apontam, no mundo todo, o crescimento do tabagismo entre a população feminina, particularmente a de baixa renda e escolaridade, confirmam a importância dos resultados obtidos, tanto no que diz respeito ao modelo educativo implementado, que revelou-se capaz de promover envolvimento e motivação da população alvo no enfrentamento do problema, quanto nos conhecimentos gerados, que revelaram as dinâmicas sociais e de gênero que estão interconectadas ao tabagismo. A pesquisa recebeu o apoio financeiro da Organização Pan-Americana de Saúde.
O artigo “Confluindo gênero e educação popular através de uma pesquisa-ação para a abordagem do tabagismo feminino em contextos de vulnerabilidade social” foi publicado no último número do periódico Interface – Comunicação, Saúde, Educação (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141432832013000300010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt) de autoria de M. Trotta-Borges e R. Simões-Barbosa.

Contatos:
Interface – Comunicação, Saúde, Educação
Fone/Fax: (14) 3880 1927 
intface@fmb.unesp.br

Prof. Dra. Regina Helena Simões Barbosa
reginacasa@gmail.com
(21) 2598-9328/ 9331/ 9271
Instituto de Estudos de Saúde Coletiva / Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Já no SciELO: Comunicação, humanidades e humanização: a educação técnica, ética, estética e emocional do estudante e do profissional de saúde

MARCO, Mario Alfredo De et al. Comunicação, humanidades e humanização: a educação técnica, ética, estética e emocional do estudante e do profissional de saúde. Interface (Botucatu) [online]. 2013, vol.17, n.46, pp. 683-693. Epub 23-Ago-2013. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000017.

Neste artigo discutimos os conceitos de humanização e humanidades, sua relação com a comunicação na constituição do sujeito e sua importância na formação profissional, a partir de uma perspectiva do preparo de profissionais que tenham as competências para um trabalho que contemple a integração e a integralidade das práticas. É apresentada uma revisão do campo, discutindo os papéis historicamente atribuídos à natureza e à cultura na constituição do sujeito, particularmente em sua dimensão emocional e moral. É relatado um trabalho que vem sendo desenvolvido há vários anos no campo da graduação em medicina tendo como referencial conclusões que emergem deste estudo. Finaliza-se com uma reflexão crítica deste trabalho.

Palavras-chave : Humanização da assistência; Humanidades médicas; Comunicação em saúde; Educação médica.

Já no SciELO: O silêncio dos inocentes: por um estudo narrativo da prática médica

CARELLI, Fabiana Buitor e POMPILIO, Carlos Eduardo. O silêncio dos inocentes: por um estudo narrativo da prática médica. Interface (Botucatu) [online]. 2013, vol.17, n.46, pp. 677-681. Epub 10-Set-2013. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000020.

Embora absolutamente pertinente, a relação entre texto e medicina ainda é pouco pesquisada no meio acadêmico brasileiro. Não obstante, é fato que toda prática médica é permeada de narrativas, quer sejam as dos pacientes, que contam aos médicos as histórias de suas doenças, quer as dos médicos, que recontam essas histórias de acordo com modelos científicos aprendidos e com sua experiência clínica. Inspirado na Narrative-Based Medicine, campo teórico já consolidado no meio anglófono, e em algumas teorias provenientes dos Estudos Literários e das Ciências Sociais, este artigo busca discutir, introdutoriamente, algumas possibilidades para a consolidação de um estudo interdisciplinar das narrativas relacionadas à área médica no âmbito acadêmico brasileiro.

Palavras-chave : Narrative-Based Medicine; Medicina e narrativa; Medicina e linguagem; Literatura e medicina.